
A peça
A busca desesperada por um gesto consciente e libertador. Um último gesto artístico que se oponha à barbárie, à pena de morte ou qualquer processo que a humanidade tenha construído para eliminar aquilo que não a agrada ou que agride suas regras.
O solo surge a partir das inquietações da atriz Alexandra Tavares sobre a presença cênica e a figura da mulher em situações limites. Entre 1999 e 2005, a atriz integrou o projeto Teatro nas Prisões, sob a direção de Jorge Spínola, com o qual desenvolveu um trabalho de reintegração social através do teatro com homens e mulheres presas em presídios da cidade de São Paulo.
Após quase 10 anos dessas apresentações, ficaram as memórias de um trabalho que diariamente questionava os valores e as perspectivas do teatro como elemento transformador da pessoa e, dentro destes registros, a clara noção de que pelo menos naqueles momentos de atuação, detentos e detentas assumiam uma situação
na qual morria em uma identidade e se renascia em outra. E a pergunta que ficava era: O que restou daquela ação em cada um?
Tendo como inspiração os últimos 45 minutos de vida da personagem Mata Hari, atriz e dançarina Holandesa, condenada por espionagem e executada em 15 de outubro de 1917 na França, o solo busca o elo entre as memórias pessoais da atriz no processo de encenação em cárcere e os impulsos que nascem a partir da vivência de situações limites.


Ficha Técnica
Concepção e atuação: Alexandra Tavares.
Dramaturgia: Eduardo Joly
Direção: Inês Aranha
Direção de arte, iluminação, cenografia e projeções: Eduardo Joly e Carlos Eduardo De Andrade
Treinamento de Odissi: Zina Filler e Silvana Duarte
Coreografia: Silvana Duarte
Pesquisa sonora e operação: Carlos Eduardo De Andrade
Figurino: Chris Aizner
Adereços: Alexandra Tavares e Chris Aizner
Fotografia: Carlos Eduardo De Andrade e Eduardo Joly
Divulgação, web site e documentário: Olho de Boi doc
Produção: Alexandra Tavares E Núcleo Olho de Boi
Assessoria de imprensa: Arte Plural
Duração: 45 minutos.
Capacidade: 20 pessoas.
Apoios: Penitenciária Feminina Da Capital, Parque Da Juventude – Secretaria Do Meio Ambiente, Memorial Da Resistência, Indac, Oficina Cultural Oswald De Andrade, Angoleiro Sim Sinhô, Padmaa Arte E Cultura.
