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Quem somos

O Núcleo Nós nasce da interação entre a atriz e artista do corpo Alexandra Tavares em parceria com o artista e performer sonoro Eduardo Joly. Desde 2008, o núcleo procura refletir e desenvolver em seus trabalhos artísticos os princípios de coexistência e cocriação nas relações com diferentes artistas e linguagens, em processos de criação nas artes da cena.

A memória que se faz nesse plano é memória de marcas, novos sempre atuais, sempre potencialmente geradores de novas linhas de tempo. Uma memória que se faz em nosso corpo, não em seu estado visível e orgânico, mas sim em seu estado invisível, que se compõe das misturas dos mais variados fluxos, e onde se produzem as diferenças que engendramos, devires, devires da própria textura”

trajetória

Compreender uma trajetória pode ser feita de muitas maneiras. Pelas datas e eventos principais, pelas imagens registradas, pelas palavras e acenos captados nos momentos, pelas memórias, pelas lembranças vagas, pelas marcas, pelos corpos. Aqui, mistura-se, neste relato de trajetória, diferentes arranjos de compreensão entre o Núcleo e Colaboradores na experiência de tecer juntos uma criação e carregar novas marcas. Marcas em corpos, imagens, memórias e palavras vagas. Nós pronome, nós de madeira, nós de cordas em amarrações constantes em busca de um gesto. Núcleo nem sempre central ou periférico em crise. Em busca de um gesto, olha-se para trás. Reescrita hoje, a memória aponta para o que foi, talvez, o gesto mestre na percepção de uma linha de pesquisa. As marcas nos corpos.

Em primeiro, no espetáculo Moimórias, o tempo ancestral de uma cabeça marcada e esculpida em madeira de um boneco que já nasce velho. Em segundo, 5 e 45. Ergueu a mão e soprou um beijo. Uma mulher, encarcerada em uma solitária, 45 minutos antes de sua execução, salta de sua letargia em busca de um gesto consciente e libertador. Marcas, deixadas em Alexandra, por mais de sete anos atuando como atriz no Projeto Teatro nas Prisões em penitenciárias masculinas e femininas da cidade de São Paulo.

Nos intervalos. As crises. Refluxo e Gordura. Experiências isoladas de Eduardo e Alexandra. Isoladas, porém nunca individuais, mas marcadas pelos momentos onde se questionaram em quais linguagens e gestos se debruçariam, se reencontrariam.

Audiências, a saída da crise. A experiência da alteridade não como assunto, mas como linguagem. Em solo, os dois artistas testam ao vivo o embate entre som e corpo e como sobreviver em cena com as marcas da linguagem do outro sobre si. No procedimento de abertura deste processo. Pandemia.

No tempo atual, cultivado no solo formado pelas experiências anteriores, nasce Atlântica Desaparecida.

Alexandra tavares

Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (PPGAC/USP) e integrante do Laboratório de Dramaturgia do Corpo (LADCOR). É Intérprete-Criadora e Professora graduada pelo curso de Dança da Universidade Anhembi Morumbi (UAM) e Atriz com formação técnica pelo curso profissionalizante de ator do Instituto Nacional de Arte e Ciência (INDAC). É Educadora Somática com formação pela Escola Body Mind Movement Brasil (BMMB), credenciada pelo ISMETA. Atualmente desenvolve o projeto Atlântica Desaparecida, onde investiga as relações entre corpo e natureza.

eduardo joly

Eduardo joly é arte-educador, dramaturgo, pesquisador e performer visual e sonoro. Desde 2009 desenvolve parceria com a atriz Alexandra Tavares, atualmente diretora e produtora do Núcleo Nós. Fez pós-graduação em dramaturgia e roteiro pela Escola Superior de Artes Celia Helena. Graduado em Educação Artística pela Universidade Anhembi Morumbi. Atuou por dois anos como arte-educador de audiovisual, fotografia e cinema na Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes e formação e orientação pedagógica áudio visual para o Projeto Espetáculo 2019 e 2020. Atualmente compõe com a atriz e diretora Alexandra Tavares o Núcleo Nós, onde pesquisam as diferentes formas de intersecção entre as linguagens sonoras e visuais na relação com a performance, dança e teatro.